O almoço promovido ontem pelo coordenador da bancada federal mineira, Fábio Ramalho (PMDB), em Brasília, teve bem mais do que a redação do um documento com reivindicações do estado, como estava previsto. O governador Fernando Pimentel (foto), do PT, que também participou do encontro, saiu em defesa do senador Aécio Neves (PSDB) e da posição do PT, que considera que a instância para analisar a decisão do Supremo Tribunal Federal de afastar Aécio do mandato cabe ao Senado. Pimentel disse que apoia a decisão do partido, que é republicana e está na linha correta, independente dos personagens. Para ele, o Senado tem que se pronunciar e acredita que esta decisão não vai trazer nenhum desgaste.
Documento de Minas
A bancada federal mineira está reivindicando pelo menos R$ 2 bilhões dos R$ 12,1 bilhões arrecadados pelo governo federal com o leilão das quatro usinas da Cemig. O dinheiro, segundo Fábio Ramalho, será para investimentos nas áreas de saúde, saneamento e revitalização dos rios. Dependendo da resposta do governo, a insatisfação dos parlamentares mineiros será externada nas votações dos projetos de interesse do governo. A carta, que ainda será redigida, será entregue ao presidente Michel Temer depois do feriado do dia 12 de outubro.