Há no anedotário político uma sugestão bem interessante. Sugere-se que se você vir um peemedebista pulando do trigésimo andar de um prédio qualquer, pule atrás. É que lá no vigésimo ou décimo andar, tem alguma coisa boa. Peemedebista não se arrisca. É uma brincadeira bem definidora do que é o velho, e um dia muito útil PMDB, que, por definição do ex-governador de Minas, Newton Cardoso, se comporta, sempre, como o gato: miando e mamando. E não foi outro o comportamento assumido pela legenda, ao usar o seu horário eleitoral para ensaiar o abandono do navio em risco, com críticas fortes e diretas a um governo do qual, muito mais do que um simples avalista, é um dos acionistas majoritário. Soou estranho, embora não incompreensível partindo de onde partiu, ver peemedebistas apontando erros, pelos quais, em muitos casos é responsável direto, e se apresentar como solução para a crise que o país vive, mas não enfrenta. De olho nas eleições deste ano, fundamental para a legenda conseguir uma nova garupa em 2018, posto que quadros não tem para aspirar eleger um de seus filiados atuais, o partido tenta assumir uma postura oposicionista. E age sem a menor cerimônia, comandado por Michel Temer (foto) que sinalizou aos peemedebistas descontentes, com algo que não terá como entregar: o afastamento do PT, para evitar o desgaste político que poderá levar o partido a uma derrota nas eleições municipais, seu limite de penetração política. Com um discurso difuso, e confuso, os peemedebistas buscam se reposicionar diante do PT e do governo, de modo que não fique tão próximo que não possa correr, se a coisa piorar, nem tão distante que não possa pular no colo governista, se a situação melhorar. É uma estratégia oportunista, que pode dar certo, ou não. Por enquanto só atrapalha o país, na medida em que aumenta a instabilidade política e a desconfiança quanto o apoio que a presidente em para promover as mudanças necessárias.