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PMDB mineiro adere ao desembarque do governo federal

Paulo César de Oliveira
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Pressionados por suas bases eleitorais, os deputados federais mineiros votaram em peso a favor do desembarque do partido do governo da presidente Dilma Rousseff. O posicionamento do partido será levado na reunião da executiva nacional hoje à tarde. Mas antes, a bancada federal mineira vai se reunir em um almoço com o vice-governador Antônio Andrade (foto), em Brasília, para afinar o discurso. O diretório estadual, que é presidido pelo vice-governador, tem direito a 10 votos.

 

Devolvendo cargos

Após a reunião, ontem, o presidente do PMDB, vice-governador Antônio Andrade, disse que o partido vai entregar todos os cargos de segundo escalão como a presidência da Ceasa, DNPM e Codevasf. Já em relação ao secretário Nacional de Aviação, Mauro Lopes, caberá à executiva nacional decidir o que fazer. O PMDB ocupa pelo menos 500 cargos no governo entre primeiro, segundo e terceiros escalões. Para Antônio Andrade, a decisão dos peemedebistas mineiros foi política, já que a presidente Dilma não tem correspondido com os anseios de Minas.

 

Efeito dominó

A presidente Dilma, assustada com a perda do apoio peemedebista, tenta conter a sua base oferecendo os cargos ocupados pelo PMDB. Mas o temido efeito cascata já começou e será difícil interromper o processo. O PSD do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, decidiu liberar os 31 deputados federais do partido para votarem o impeachment da presidente Dilma. Pelo menos 70% dos parlamentares do partido votam pelo impeachment, segundo cálculos da própria bancada.

 

Já começou o desembarque

Sem ter como reagir aos efeitos do rompimento do PMDB com o governo, a presidente Dilma passou a segunda-feira recebendo informes sobre a movimentação dos peemedebistas em todo país. Nos relatos a informação era uma só: os diretórios estaduais estão decidindo pelo desembarque. Em meio aos noticiários, uma carta de demissão. O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, alegou na sua mensagem à presidente, que o diálogo “se exauriu” e que o PMDB tinha que escolher o seu caminho. A decisão, segundo ele, foi difícil, mas “consciente e coerente”. Sem mais, Henrique Eduardo Alves, que é próximo a Michel Temer, disse adeus ao governo Dilma. O ex-presidente Lula tentou uma última cartada em uma conversa com Temer, mas ouviu do vice-presidente que a separação era inevitável e, comemoravam os peemedebistas ontem, será por aclamação. A reunião do PMDB vai acontecer na tarde desta terça-feira. Um dia que ficará marcado no governo do PT.

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