O PMBD mineiro já colocou Belo Horizonte na lista de suas prioridades para a eleição do ano que vem. O partido já definiu que não ficará mais na “garupa” de outra legenda, nem mesmo do “amigo PT”. O lançamento de candidatura própria na capital é assunto de todas as reuniões dos peemedebistas que debatem o nome de um candidato que tenha o perfil traçado por uma pesquisa que o partido mandou realizar. Segundo alguns membros do diretório estadual, a pesquisa indicou que, por insatisfação com o quadro político atual, o eleitor de Belo Horizonte pretende votar em um candidato sem passado político e que, na medida do possível, seja também mais jovem. A esperança dos peemedebistas era o lançamento do empresário Josué Alencar (foto), que embora tenha disputado as últimas eleições para o Senado, não carrega o ranço político. Josué, embora tenha se entusiasmado com a ideia inicialmente, enfrenta hoje pressão contrária de sua família, que não o quer na vida política, apesar de ser ele filho do ex vice-presidente José Alencar. Além da resistência familiar, Josué tem à porta a crise econômica, que dificilmente o deixará distanciar-se de seus negócios. O empresário atualmente reside em São Paulo.
Opções fora do perfil
Além de Josué Alencar, o PMDB tem dois outros nomes que se dispõem a disputar a sucessão de Marcio Lacerda. São, no entanto, de perfis opostos ao indicado na pesquisa qualitativa que o partido realizou. Um deles é o deputado Leonardo Quintão que quase venceu Lacerda em 2008, disputando como azarão. Ele se dispõe a tentar novamente, mas ninguém no partido acredita que teria condições de vencer a disputa agora. Outro que se colocou foi o deputado estadual e atual secretário estadual de Meio Ambiente, Sávio Souza Cruz. Político ao estilo antigo, matreiro, Sávio tem poucos apoios dentro do partido e dificilmente conseguiria a indicação para ser candidato. Sem alguém que empolgue dentro de seus quadros, o PMDB pensa até em buscar uma opção fora filiando um nome novo que seja capaz de arregimentar apoios.
