Em tempos de vírus, a polarização, as agressões de esquerda e direita perderam a força. Pelo menos alguma coisa boa precisava acontecer para compensar o estrago da pandemia. As picuinhas ideológicas estavam insuportáveis. Quem vai se importar com a ideologia diante de um organismo neutro, mortal, que não precisa de passaporte para visitar os países e não pede licença para entrar na casa dos cidadãos? A prisão domiciliar forçada judia das pessoas e qualquer distração vinda da internet é efêmera e acaba rapidamente: só o que não acaba é a epidemia. Segundo o excelente ministro Mandetta, precisaremos suportar o suplício até setembro. Cá para nós, ninguém me tira da cabeça que o Carnaval foi o vetor nacional. Contem os 14 dias após o seu início e sintam a progressão geométrica da disseminação. Menosprezo de trágicas proporções. Ninguém merece!