Parece que o combustível do “posto Ipiranga” do presidente Jair Bolsonaro está chegando ao fim. O processo de fritura do ministro da Economia, Paulo Guedes (foto) , antes considerado intocável e tratado como o todo poderoso, começou com a demora na entrega das reformas tributária e administrativa, no Congresso Nacional, e chegou ao seu ponto máximo com as suas declarações sobre a pressão sofrida por ele e pelo presidente para ultrapassar o teto de gastos. A debandada em seu ministério também está ajudando a enfraquecê-lo junto ao presidente Jair Bolsonaro, que parece cansado do temperamento explosivo de Guedes, que também queria respostas mais rápidas na economia, que mesmo antes da pandemia dava sinais fracos de recuperação. Para evitar especulações e uma resposta negativa do mercado com a saída do principal nome de seu governo, Bolsonaro já teria dois nomes viáveis para substituí-los. Um deles é o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O outro é o ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Esse último tem batido de frente com Paulo Guedes em relação a divergências na condução da economia brasileira.