A crise sanitária causada pela Covid-19, dificuldades econômicas, crise fiscal, alta do dólar, inquérito das fake news, CPMI no Congresso Nacional, caso Queiroz, julgamento no Tribunal Superior Eleitoral, tensões institucionais, têm assustado o presidente. Por isso Bolsonaro tenta, via Centrão, uma aproximação com o Congresso, para que ele passe de maior problema a fonte de soluções. Mais do que evitar riscos ao seu mandato, ele pretende, com esse novo comportamento, segurar pautas-bomba e avançar em agendas reformistas cruciais para o Brasil. Com a adoção do Sistema de Deliberação Remota (SDR) em ambas as Casas houve uma centralização dos trabalhos nos plenários, o que deu aos dois presidentes o controle sobre a agenda. Dessa forma, eles têm privilegiado propostas de autoria de parlamentares e vêm pautando a ofensiva política contra a pandemia.