Pressionados com a queda da receita e com os impactos da crise econômica, prefeitos das cidades polos se reuniram ontem, em Belo Horizonte, para protestar. Os repasses do Fundo de Participação dos Municípios, segundo eles, também caíram e a situação está cada vez mais complicada. Para o presidente da Frente Mineira de Prefeitos, Paulo Piau (foto), prefeito de Uberaba, os que conseguem manter os serviços essenciais já se dão por satisfeitos. “O município que hoje dá conta de manter as atividades essenciais, saúde minimamente, educação e, claro, proteção às pessoas, deixando a cidade limpa, está fazendo um grande feito”. O secretário de Finanças de Betim, Gustavo Palhares, disse que a diminuição da produção industrial no município quebrou a cidade. Betim teve uma queda em sua receita de R$ 167 milhões. Alguns prefeitos reclamaram que não conseguiram ainda quitar o 13º salário do ano passado e não sabem como vão quitar a folha de pagamento do próximo mês.
Prefeitos querem uma ajuda extra
Vários prefeitos mineiros assinam um manifesto em que fazem um apelo ao governo federal para que negocie com o Congresso Nacional autorização para a liberação de uma parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios, FPM, visando minimizar os efeitos da crise econômica e garantir aos municípios o cumprimento das obrigações legais. No texto, os prefeitos alegam que “o empenho das administrações municipais em reforçar os caixas das prefeituras tem como objetivo finalizar os projetos em andamento, honrar os pagamentos dos funcionários e, principalmente, investir nas áreas prioritárias, como a saúde, educação, transporte público e moradia”. Para os prefeitos, a crise econômica traz incertezas aos municípios, que enfrentam os desafios de equilibrar as contas em tempos de recursos escassos. O documento foi elaborado pela Associação dos Municípios do Campo das Vertentes e referendado pela Associação Mineira dos Municípios.
