Mais de trezentos prefeitos se reuniram, nessa segunda-feira, em Belo Horizonte, para discutir a situação financeira das cidades mineiras. Muitos anunciam que está à beira de um colapso no atendimento e na infraestrutura e não sabem como vão pagar o décimo terceiro salário. O auditório do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura-CREA ficou lotado com prefeitos reclamando que trabalham com orçamento no vermelho. Um dos motivos desse aperto, segundo a Associação Mineira de Municípios (AMM), é a dívida do governo do estado com as prefeituras que já chega a R$ 3 bilhões. Só os atrasos dos repasses para saúde pública somam R$ 2 bilhões. De acordo com os prefeitos, o dinheiro do transporte escolar também não chega há cinco meses. A reunião foi para pedir aos deputados federais e estaduais que pressionem o governo federal para garantir mais recursos aos cofres municipais. Os prefeitos querem que o presidente Michel Temer edite uma Medida Provisória que libere de forma emergencial R$ 4 bilhões para as prefeituras de todo o país. Outra preocupação dos prefeitos é o pagamento do 13º salário. Por lei, a primeira parcela deve ser paga neste mês. Mas a AMM calcula que 70% das cidades não vão ter dinheiro para cumprir esse compromisso. A Secretaria de Estado da Fazenda informou que, em relação ao ICMS, repassou nesta segunda-feira um total de R$ 378 milhões aos municípios. Outros R$ 55 milhões foram repassados na semana passada. Com isso, o Estado diz que ficou em dia com as prefeituras. Sobre o transporte escolar, a secretaria afirma que foram liberados, também nesta segunda-feira, R$ 64 milhões. Outras quatro parcelas serão pagas assim que possível. Com o G1.