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Presidente da AMB cobra do Ministério da Saúde contratação de mais médicos

Paulo César de Oliveira
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O rompimento do programa “Mais Médicos” não chegou a desagradar as entidades médicas brasileiras. Ao contrário, o presidente da Associação Médica Brasileira, Lincoln Ferreira (foto), disse que essa é uma das questões que a entidade criticava, devido ao fato de ser, segundo ele, um investimento indo para o exterior e, também, pela falta de controle da formação desses médicos pelo governo brasileiro. Lincoln Ferreira acredita que existe a possibilidade de impacto, mas é preciso lembrar que esses intercambistas trabalhavam sob supervisão e cabe ao Ministério da Saúde fazer um rápido recrutamento de médicos, garantindo as condições adequadas de trabalho. Existem médicos preparados com a disposição de ir para essas cidades atendidas pelo programa “Mais Médicos”. Lincoln ressalta, porém, que os médicos brasileiros respondem individualmente pelas condições do local em que trabalham. Se não houver os equipamentos necessários ao exercício da atividade e surja algum problema com o paciente ele é responsabilizado criminalmente.

 

Irreparáveis prejuízos

Prefeitos temem que a saída dos médicos cubanos possa causar “irreparáveis prejuízos à saúde da população”. A Frente Nacional de Prefeitos, presidida pelo prefeito de Campinas, Jonas Donizette, divulgou uma carta endereçada ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, lamentando a interrupção, que pode deixar mais de 29 milhões de brasileiros desassistidos. Segundo a entidade, dos 5.570 municípios brasileiros, 3.222 (79,5%) só tem médico pelo programa. A Embaixada de Cuba estipulou um prazo de 10 dias para que os médicos cubanos deixem o Brasil.

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