O presidente da Fiemg, Olavo Machado Jr (foto), fez um discurso em defesa de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva “para que o país possa superar a crise política, econômica e ética”, no primeiro Conexão Empresarial de 2016, promovido pela VB Comunicação que reuniu, ontem, em sua sede lideranças políticas e empresariais. “Esse é um pedido de socorro do país”. Para ele, a Constituição de 1988 foi pensada para que o Brasil tivesse um forte crescimento econômico, que não aconteceu. Além de não acompanhar o crescimento mundial, o país tem vários entraves e amarras que acabam impedindo uma saída para os problemas, que se agravam a cada ano.
Equívocos
Olavo Machado acredita que “a crise nasceu dos equívocos do governo e da sua base” e só tende a se agravar. “Tudo indica que o cenário não vai mudar, mas pode piorar”. Para ele, o país virou refém dele mesmo. “Sobram dívidas e faltam recursos para investimentos na produção”. Além disto, o Brasil ficou um país caro para quem quer produzir, “o ambiente é hostil”. Se esta situação enfrentada hoje pelo país tivesse ocorrido em uma empresa, achado não tem dúvida do que teria ocorrido: “se o Brasil fosse uma empresa, seus gestores estariam no meio da rua”.
Perdendo a guerra
Os números são claros e mostram, segundo o presidente da Fiemg, como o parque industrial brasileiro perdeu espaço na economia mineira nos últimos 30 anos. Pelos dados da entidade, em 1980, a indústria tinha uma participação de 32% no PIB nacional. Atualmente essa participação está em 10% e continua caindo. “Estamos perdendo a guerra para a economia, para não dizer para o mosquito”, ironiza o empresário, que também reclama que a única saída que o governo federal tem encontrado para reforçar o seu caixa é através do aumento dos impostos.