A presidente Dilma (foto) através de sua conta pessoal no Twitter disse, na manhã de ontem (2), que gostou muito da reunião com os governadores, realizada na última quinta-feira (30), em Brasília. Segundo ela, os governadores apresentaram posições, sugestões e encaminhamentos importantes para o país. "Nós temos em comum a eleição pelo voto popular majoritário e a responsabilidade de cumprir, no mandato de quatro anos, nosso programa de governo", escreveu a presidente. "É nossa obrigação, mesmo com as diferenças partidárias, dialogar para que o país saia com rapidez de suas dificuldades. Para que volte a crescer, com equilíbrio fiscal, inflação sob controle, gerando empregos e prosperidade para os cidadãos e suas famílias", completou a presidente. Para alguns governadores, que por razões óbvias evitaram declarações públicas, o encontro foi absolutamente vazio e infrutífero. Servirá apenas para a presidente usar a foto oficial do encontro como uma tentativa de demonstrar apoio político.
Uma jogada de alto risco
Ontem, em sua coluna “ Os bastidores da política”, publicado no G1, a jornalista Cristiana Lobo publicou uma informação que pode ser mais uma tentativa da presidente Dilma de reconquistar apoio popular ao seu governo. Segundo a jornalista, por ordem da presidente o Ministério do Planejamento estuda um projeto para a redução do número de ministérios. Hoje são 38 os ministros. Além disto, estariam em estudos também formas de se alterar os critérios para a nomeação de ocupantes dos escalões inferiores que deixariam de ser apenas por indicações políticas. O mérito passaria a ser considerado na nomeação de, pelo menos parte, dos 22 mil cargos de recrutamento amplo existentes na administração federal. Atualmente o vice-presidente Michel Temer e o ministro Eliseu Padilha, responsáveis pela coordenação política, analisam uma lista de possíveis indicados para os cargos federais ainda vagos, apresentada pelos partidos. É esperar para ver se a presidente, que busca forma de sair do isolamento político, conseguirá mudar, dificultando, escolhas de titulares de cargos hoje utilizados para barganhas políticas.