Se compararmos a estrutura disponibilizada para as autoridades brasileiras, em todos os níveis, a impressão que deve causar ao resto do mundo é que somos tão ricos quanto os mais ricos países árabes. São construções suntuosas, festas requintadas com direito a tudo o que há de melhor. Mas se observarmos que em alguns países, como na Inglaterra, onde o prefeito de Londres se desloca para o trabalho de metrô, costuma usar bicicleta e o transporte público e compararmos com o que acontece no Brasil, não há como não nos indignarmos. Só o TRT-SP fechou uma licitação, no final do ano passado, para a aquisição de 61 carros novos por R$ 5,1 milhões. E muitos casos, como na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, os carros usados pelos parlamentares não são caracterizados e não há qualquer controle sobre o seu uso, inclusive com direito a abastecimento pago pela Casa. Para cortar gastos, nossas excelências precisam entender que elas terão que abrir mão de privilégios que não fazem sentido em nenhum lugar do planeta.