A ideia de anular colaborações ou provas porque informações foram vazadas ilegalmente para a imprensa, irritou o procurador Deltan Dallagnol (foto), um dos investigadores da Operação Lava Jato. Para ele, essa possibilidade “não tem pé nem cabeça”, apesar de considerar que os vazamentos são condenáveis. Para Dallagnol a proposta peca por falta de senso prático e de amparo jurídico. “A proposta abriria um canal para que os próprios delatores, delatados ou pessoas mal intencionadas, garantissem a impunidade de potenciais criminosos. Seu efeito seria a contenção do avanço de investigações como a “Lava Jato, que se expandem exponencialmente por meio das delações”. A possibilidade de anular colaborações após vazamentos partiu do presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes.