A convenção estadual do PSDB, ocorrida ontem, deixou claro que o partido ainda não sabe o rumo que vai tomar nas eleições do ano que vem. Provavelmente não lançará candidato à prefeitura de Belo Horizonte e, se depender do senador Antonio Anastasia, pode até mesmo apoiar a reeleição de Alexandre Kalil. Tudo dependerá, segundo ele, das negociações políticas futuras e também do caminho que o partido irá tomar nacionalmente, lembrando que o PSDB está em um processo de reconstrução. Para Anastasia, o momento não é de discutir eleições. Durante o encontro, o nome do deputado Paulo Abi-Ackel foi escolhido como presidente do diretório estadual.
Reciclar
A palavra-chave usada ontem pelo deputado Paulo Abi-Ackel (foto) ao assumir a presidência do PSDB de Minas foi a necessidade de reciclar. Ele defende que a legenda seja mais afirmativa nas decisões e com projetos para o futuro e seja um partido independente. Daqui para frente ele disse que o PSDB deve avaliar melhor a sua posição em relação ao Governo do Estado. Para o tucano, “nós estamos apoiando porque o momento é de reconstrução, mas não podemos ser considerados como base. A nossa pretensão é voltar a governar Minas”, provoca, mas ciente de que os líderes do governo e do bloco de sustentação do governo na Assembleia Legislativa são do PSDB.
As possibilidades do PSDB
Enquanto os tucanos mineiros lutam para reerguer o partido, o líder do PSDB no Senado, Roberto Rocha, está confiante em relação ao futuro da legenda se for viabilizada a fusão com o DEM e com o PSD. As conversas nesse sentido estão engatilhadas e a expectativa é a de, já para as eleições municipais do ano que vem, os três estejam juntos não como aliados políticos, mas uma só agremiação.