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PT procura herdeiro para Lula

Paulo César de Oliveira
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Guilherme Boulos

O lulopetismo chegou à encruzilhada que sempre evitou, a de pensar o pós-Lula. O partido segue acuado por imposição do tempo — esse algoz dos projetos personalistas. O PT, que nunca foi maior do que seu líder, não consegue encontrar um sucessor para o homem que é o próprio partido. A coreografia para o herdeiro terá de ostentar o selo de aprovação do patriarca. Mas aqui está o problema: a popularidade de Lula não é transferível como se fosse capital político líquido. Isso porque ela foi construída por biografia e circunstância. Os nomes ventilados como os de Fernando Haddad, Rui Costa, Camilo Santana e Guilherme Boulos (foto/reprodução internet), que é do Psol, não arrastam multidões. A disputa, hoje silenciosa, reconhece a finitude de um mito — e isso, para o PT, é quase pecado. O vice-presidente Geraldo Alckmin e o prefeito de Recife, João Campos, ambos do PSB, surgem como apostas exóticas, mas improváveis. O problema é de ordem fundacional: o lulismo é personalista, estatista, doutrinário e intransferível.

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