Morto o rei, viva o rei. Assim era na França no tempo da guilhotina. Aqui no Brasil, a guilhotina política decepou a cabeça do Lula e, em um curto espaço de tempo, ele deixou de ser o rei do território nordestino, que abriga 27% da população do país. Bolsonaro está, literalmente, invadindo e ocupando, sem rodeios e sem pedir licença, o trono do pernambucano Luiz Inácio Lula da Silva. Nosso presidente tem sido mais festejado do que Lula dos velhos tempos, quando, ainda, era a alma mais honesta deste país. Tanto que ali começou se tornar um Deus, o Pai dos Pobres e o salvador da Pátria para os nordestinos. Agora chegou a vez de Bolsonaro (foto). Onde quer que apareça é ovacionado aos gritos de “mito, mito, mito”. O chapéu de couro parece ter sido feito sob medida para ele, quando cai nos braços da massa que, docilmente, o espera nos aeroportos. Daqui a pouco pode vir a ser canonizado tal qual o Frei Damião, hoje seu único concorrente em termos de popularidade por ali.