Em menos de 24 horas, o presidente da Câmara, Hugo Motta, voltou atrás e decidiu levar ao plenário a cassação de Carla Zambelli (foto/reprodução internet). Antes, havia afirmado que não pautaria o tema. A justificativa oficial foi uma “confusão regimental”. O que aconteceu realmente foi a mudança por pressão política. A oposição cobrou, em público, coerência institucional e expôs o constrangimento de uma presidência que hesita entre proteger aliados e preservar a autoridade da Casa. O caso Zambelli vai ao plenário, como manda o rito. Mas o episódio revela algo maior: a dificuldade da Câmara em funcionar como poder independente diante de um STF cada vez mais assertivo e de uma base parlamentar fragmentada, movida a cálculo e sobrevivência.