O secretário de Planejamento de Minas, Helvécio Magalhães (foto), afirmou ontem, na Assembleia Legislativa, que a realidade financeira do estado é muito ruim e o governo está fazendo todos os esforços para garantir o pagamento do 13º salário dos servidores. A data do pagamento do benefício será anunciada até o fim de novembro. As negociações com o governo federal não são específicas para quitar a folha extra, mas de vários problemas como a questão previdenciária, que, no caso de Minas, significa R$ 7 bilhões além da arrecadação dos trabalhadores e do Estado. Os estados têm buscado negociação com a União, segundo Helvécio, devido a essas dificuldades fiscais e financeiras.
Governo tem como desafio a folha de pagamento e a previdência
Técnicos do governo de Minas apresentaram ontem, na Assembleia Legislativa, o Plano Plurianual de Ação Governamental, o PPAG e algumas dificuldades que o governo tem para enfrentar. Um dos problemas está no aumento da folha de pagamento, admitiu o subsecretário do Planejamento, Wieland Silberschneider. Segundo ele, nos últimos anos, os aumentos dos salários do funcionalismo foram superiores ao crescimento da receita. Além disso, as 145 carreiras dos servidores, que recebem salários diferenciados também oneram a folha. Até o final do ano, Wieland alerta que o governo vai ultrapassar o limite prudencial e chegar a mais de 49% de comprometimento da receita com pagamento dos salários. Outro desafio do governo é com o déficit previdenciário, que está em R$ 15 bilhões. A solução deste problema aponta para duas opções nenhuma delas de fácil implementação. Uma delas é a de aumentar a contribuição do servidor e a outra seria a de buscar outra fonte de recursos para financiar a previdência.
