O presidente da Câmara, Hugo Motta (foto/reprodução internet) promete pautar a urgência do projeto que derruba o aumento do IOF. Mas até segunda, muita encenação e nenhuma deliberação real. Fantasiado de fiscalista, usa o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como escada: tenta parecer independente enquanto acena à oposição que o enxerga como extensão do Planalto. Brada que não serve a projeto político algum, mas tudo é projeto político. Fala-se em cortar isenções, conter gastos, rever subsídios. Mas ninguém quer cortar nada. Nem emendas. Nem privilégios. A PEC do IOF evaporou. A revisão virou miragem. Fala-se em justiça tributária, mas a conta recai sobre todos, com ou sem cobertura. O governo pagará as emendas. Dino abrirá o cofre. E todos voltarão a sorrir, até o próximo teatro fiscal.