Assim como havia antecipado este Blog na quinta-feira, o deputado mineiro Delegado Marcelo Freitas (foto/reprodução internet), do União Brasil, oficializou o papel de relator do processo no Conselho de Ética que pode resultar na cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Mas, apesar de prometer imparcialidade, o parlamentar carrega um histórico ligado a extrema direita. Delegado da PF, Freitas mantém posições públicas alinhadas ao bolsonarismo, defendendo anistia ampla aos condenados pelo 8 de janeiro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Frequentador de manifestações bolsonaristas, já criticou medidas do STF e o impeachment de Alexandre de Moraes. Também apoiou a candidatura de Bolsonaro em 2018 e em 2022.
O cenário coloca Freitas no centro de um delicado equilíbrio entre convicções políticas explícitas e o formalismo ético esperado de um relator, deixando no ar o questionamento: é possível que a imparcialidade sobreviva em meio a tantas paixões políticas?