Um pedido coletivo de vista foi aceito pelo deputado Rodrigo Pacheco, do PMDB mineiro, suspendendo assim por duas sessões a discussão sobre o relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ). Os debates devem ser retomados nesta quarta-feira. Na sessão de ontem, Zveiter confirmou as expectativas e apresentou um relatório favorável à aceitação da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), com base nas delações de executivos do grupo JBS. Na reabertura da discussão, os 66 titulares e os 66 suplentes que integram a CCJ poderão falar, que deverá fazer com que a sessão se arraste até sexta-feira, quando a Comissão fará a análise sobre o parecer do parlamentar. Apesar de ser tratar, basicamente, de uma votação simbólica, pois a decisão competirá ao Plenário, a votação da CCJ que analisa a admissibilidade é um importante indicativo político sobre o apoio parlamentar do governo. Para evitar uma derrota na Comissão, o que poderá ser interpretado como falta de apoio da base, líderes de partidos governistas substituíram deputados críticos ao governo para garantir uma maioria na votação desta semana. Com informações de Veja.
Relatório de Sergio Zveiter garante a Rodrigo Pacheco fama de independente
Para muitos que colocaram em dúvida a isenção do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), o relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) recomendando a denúncia contra o presidente Michel Temer, acabou por beneficiá-lo. Mas Rodrigo Pacheco não escapou das cobranças do partido, principalmente do PMDB mineiro. Colegas de Rodrigo (foto) questionaram o momento difícil da economia brasileira, para ele decidir por lavar as mãos em relação às denúncias contra Temer. Até o presidente do diretório, o vice-governador Antônio Andrade, tentou demovê-lo dessa posição, sem sucesso. Independentemente do resultado do processo na CCJ, os aliados de Temer prometem devolver a gentileza à altura.
