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Rodrigo Pacheco debate reformas e temas importantes na live do Conexão Empresarial

Paulo César de Oliveira
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A participação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (foto), na live do Conexão Empresarial, evento promovido pela VB Comunicação e conduzida por Gustavo Cesar Oliveira e Paulo Cesar Oliveira, mostrou a necessidade de se debater as questões importantes do país, e ressaltou que o grande mal da humanidade é a desinformação. Ele disse que seu sonho antes de trocar a iniciativa privada pela vida parlamentar, era p de se tornar deputado federal. Seu sonho se concretizou e foi além, ele disputou a prefeitura de Belo Horizonte, e mesmo não tendo obtido sucesso, ganhou experiência e amadureceu politicamente. Após cumprir o seu mandato de deputado federal, foi eleito para o Sendo e, em apenas dois anos, chegou à presidência da Casa, em uma ampla aliança, com apoio da base governista e da oposição e com a simpatia do presidente Jair Bolsonaro. Essa situação lhe impõe, segundo disse, uma grande responsabilidade, a de ouvir antes de tomar as decisões, evitar a polarização e a radicalização. Mesmo com as suas responsabilidades, disse que não deixará de ser senador de Minas Gerais e vai procurar ocupar os espaços.

Reforma política

Para Rodrigo Pacheco, antes de mudar as regras com uma nova reforma política, é necessário que a reforma política aprovada em 2017 seja assimilada pela população e pela classe política. Foram mudanças importantes como o fim das coligações proporcionais, a cláusula de barreira que limitará o uso do fundo eleitoral, o horário eleitoral gratuito. Até 2030, ele acredita que dos mais de 30 partidos que existem hoje no país passarão a ser de oito a 12 partidos. Rodrigo Pacheco também não pretende antecipar a disputa de 2022. Para ele, a presidência do Senado não lhe permite antecipar essa discussão. Na sua visão, é preciso dar soluções para a crise e ter isenção para defender ideias, evitando que elas sejam interpretadas como de cunho eleitoreiro. Com isso, ele disse que “não me incluo nem no projeto de Minas Gerais, nem no nacional”. Essa mesma isenção ele espera que seja usada pelos membros da CPI da Covid. Pacheco diz que não considera que a CPI solucionará a crise na saúde e que existem outras instâncias mais eficientes para a solução desses problemas. Ele sugeriu inclusive, a criação do Comitê reunindo representantes do governo, do Legislativo e do Judiciário para debater e tomar as ações necessárias, como a vacinação das forças de segurança, uma sugestão feita por ele. O que não se pode, segundo o presidente do Senado, é discutir política pelo Twitter.

Retomada da economia

Durante a live promovida pela VB Comunicação, Rodrigo Pacheco lembrou que quando a pandemia chegou ao Brasil, imediatamente foram tomadas as providências para ajudar a economia, como a aprovação do auxílio emergencial de R$ 600 e recentemente outro auxílio de R$ 300, além das medidas tomadas para apoiar micro e pequenos empresários e a ajuda para estados e municípios, um projeto apresentado pelo senador Antonio Anastasia, e que garantiu um reforço de R$ 60 bilhões e outros R$ 60 bilhões em isenções. Apesar do impacto no orçamento federal, a economia brasileira mostrou-se forte, segundo Rodrigo Pacheco. Mas a pandemia foi cruel com alguns setores. Muitos fecharam as portas. Por outro lado, a arrecadação federal aumentou, como reflexo dos setores que se beneficiaram com a crise na saúde. O que resta agora, segundo ele, é reorganizar a economia. “Temos uma rigidez fiscal e se a economia melhorar poderemos gerar mais trabalho e uma situação melhor, com ambiente de segurança”.

Política pelo Twitter

Alguns temas relevantes que estão em discussão no Congresso Nacional foram abordados durante a live, como a indagação do presidente da Siamig, Mario Campos, que falou da tramitação da Lei Geral de Licenciamento Ambiental, que ainda deve passar por uma ampla discussão no Senado, após passar pela Câmara. O presidente do Senado também defendeu que os recursos da Vale que serão repassados ao Estado, a título de ressarcimento dos estragos causados pela tragédia em Brumadinho, sejam debatidos com os deputados estaduais. Para ele, é preciso transparência e regra no uso desse recurso. Ele disse ainda, que há uma expectativa de um outro acordo, o de Mariana, que está sendo discutido, além de um projeto de autoria do senador Carlos Viana, para que os recurso das multas possam ser revertidas para Minas Gerais. O recurso, atualmente, vai para o Tesouro federal. Rodrigo Pacheco também falou do custo Brasil e da sua preocupação em relação as mudanças que estão para ser feitas no Congresso Nacional para acabar com a burocracia, com a superposição de órgãos e para garantir a segurança jurídica. O país pode ter um ambiente para o crescimento, mas enfrentará problemas de infraestrutura, inclusive na área de energia. “Essa é uma dificuldade porque o país é dependente das hidrelétricas e será preciso recorrer a outros tipos de energia como a energia solar e a de biomassa”. Ele defendeu que o país “tenha uma política de incentivo a essas energias alternativas e uma mudança total de comportamento, porque a tecnologia, a inovação, a ciência e a pesquisa vieram para ficar. Sairá na frente quem investir no conhecimento”. A educação é outro tema importante. Rodrigo Pacheco entende que se não tiver investimento na educação, continuaremos a ter o mesmo problema: um déficit civilizatório, as diferenças, as divergências. Ele defende um planejamento na área de educação para concentrar os esforços nas crianças de zero a 18 anos. O evento tem o apoio da Anglo American, da Líder Aviação, Mercantil do Brasil, OAB-CAAMG, Saint Andrews-Gramado, Sintram, Unimed e Usiminas.

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