Rusgas políticas prejudicam governos

Os prazos vão se encurtando e o blá-blá-blá político impedindo que o necessário seja discutido e decidido. Enquanto o Governo Federal não consegue dar andamento na reforma tributária- já falam até em fatiar a reforma, o de Minas assiste assustado a aproximação do prazo dado pelo STF- 20 de dezembro- para a aprovação de um acordo sobre a dívida do Estado com a União. Até este dia o pagamento da dívida está suspenso, mas se não houver um novo acordo Minas terá que voltar a pagar o devido o que, afirmam os governistas- inviabiliza as finanças públicas mineira, afetando toda a população com a suspensão dos serviços. Já no plano federal, a demora na votação da reforma leva incerteza a toda a economia e impede o crescimento econômico e o funcionamento da estrutura de governo. Em relação ao equacionamento da dívida mineira as perspectivas de solução cresceram, com a entrada do senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, nas negociações. Pacheco, acompanhado do ministro Alexandre Silveira e do presidente da Assembleia, Tadeu Leite. Eles se reuniram com Lula e com o ministro Fernando Haddad (foto/reprodução internet) e apresentaram uma proposta, que envolve a federalização de estatais mineiras. O assunto está em análise no Ministério da Fazenda. União e Governo de Minas deverão pedir ao STF a prorrogação do prazo, para assinatura de um novo acordo, que só deverá acontecer no ano que vem. Incertezas também com o andamento da reforma tributária. Até aqui o Governo Lula tem conseguido votar suas propostas, no Senado e na Câmara, usando os velhos recursos do “é dando que se recebe”. Sem maioria nas duas Casas, o governo tem obtido os votos necessários com liberação de verbas de interesse de deputados e senadores, e entregando cargos aos partidos. Será assim que conseguirá votar, mesmo que em parte, a reforma tributária tida como imprescindível ´para a retomada do crescimento e controle da inflação.