Paulo Guedes passa por momentos difíceis e sua imagem já aparece arranhada aos olhos do mercado. A pergunta que todos fazem refere-se ao fato de saber quanto tempo ele ainda aguentará, sem pedir as contas. Bolsonaro que precisava, e muito, de muletas ao início de seu governo, adquiriu uma autossuficiência a partir da guinada ao assistencialismo que vem lhe garantindo recordes de popularidade. Guedes até que conseguiu elaborar uma pauta de diagnósticos consistentes sobre as mudanças necessárias para tirar o país da estagnação. Mas não passou disso. Bolsonaro e Guedes estão chegando, juntos, a mesma conclusão: não existem saídas mágicas. A questão fiscal é o nó górdio da evolução da dívida bruta do País em relação ao PIB. O mercado já se deu conta de que Bolsonaro é um péssimo tomador de decisões. Passional e inconsequente, sua ação é motivada por reação. Não antevê o futuro. E como em política não existe vácuo, a estrela que emerge é a do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto). A conferir.