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Segundo dia de depoimentos. Segundo dia de vexames no Senado

Paulo César de Oliveira
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Foi mais um dia de baixaria no Senado. Governistas e dilmistas protagonizaram cenas de quase agressão física, embora alguns empurrões tenham sido dados. O presidente do Senado, Renan Calheiros (foto), baixou tanto o nível na discussão com a senadora Gleisi Hoffmann que, diga-se, não ficou para trás no embate verbal, que depois pediu desculpas por ter falou demais. Renan disse que atuou junto ao Supremo Tribunal Federal para evitar o indiciamento da senadora e de seu marido, o ex ministro Paulo Bernardo, acusados de corrupção. Depois explicou que agiu institucionalmente, em defesa do próprio Senado, pois um imóvel da instituição, a residência da senadora, foi invadido pela Polícia Federal, configurando abuso de poder. A briga envolveu os mesmos de sempre, pelos motivos de sempre. De um lado os dilmistas tentando protelar o andamento do processo, atrasando o início dos depoimentos, de outro os governistas, tentando apressar o andamento. Para dar andamento ao processo os governistas abriram mão do direito de fazer perguntas às testemunhas de defesa que, em longos depoimentos, fizeram exatamente aquilo que já tinham feito em outras fases do processo: defenderam os atos da presidente Dilma e reafirmaram que o impeachment não tem base legal. Ontem foram ouvidas três testemunhas da defesa: o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, na condição de informante; o jurista Geraldo Prado e o ex-secretário executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa. Hoje serão ouvidas as duas últimas testemunhas da defesa, o ex-ministro da Fazenda do Governo Dilma, Nelson Barbosa e o jurista Ricardo Lodi Ribeiro. O julgamento será retomado na segunda-feira, com a presença da presidente Dilma Rousseff que fará sua defesa em Plenário e responderá perguntas de senadores. Ontem se especulava no Senado sobre a possível presença do ex-presidente Lula no grupo que acompanhará a presidente. A informação que corria entre os petistas era de que o ex-presidente deverá cancelar sua participação por causa do pedido de seu indiciamento, e de sua mulher Marisa Letícia, em processo que apura corrupção e lavagem de dinheiro, envolvendo um tríplex no Guarujá.

 

Deputado mineiro serve banquete para senadores durante julgamento de Dilma

O peemedebista mineiro Fábio Ramalho foi o responsável pelo banquete dos senadores, ontem, na hora do almoço, no gabinete do presidente Renan Calheiros, durante o julgamento da presidente Dilma Rousseff no Senado. No cardápio, leitão a pururuca, torresmo, tutu e couve. O parlamentar é famoso por patrocinar encontros. Não se sabe o que tinha na comida, mas os senadores voltaram ao trabalho mais calmos.

 

Testemunha de Dilma vira meme na internet

Começou a circular na internet, ontem, durante o depoimento do professor Luiz Gonzaga Belluzzo, uma das testemunhas de defesa da presidente Dilma Rousseff no Senado, que ele teve as contas reprovadas quando era presidente do Palmeiras. Belluzzo chegou a interromper a sua fala ao ouvir um gracejo do senador Magno Malta em relação a sua passagem pelo time paulista. Devido a reprovação das contas do Palmeiras, Belluzzo foi suspenso por um ano do clube. O economista, que fez uma contundente defesa da presidente Dilma, tem debitado na sua conta profissional a ideia de sequestrar a poupança dos brasileiros, como medida para domar a inflação, sugestão que foi adotada pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello.

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