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Sem reformas Previdência não terá recursos para pagar benefícios

Paulo César de Oliveira
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O secretário de Previdência do Ministério de Fazenda, Marcelo Caetano (foto), disse ontem que se o Congresso alterar muito a proposta de reforma da Previdência Social, criará dificuldades para o pagamento dos benefícios aos segurados, o que, no futuro poderia forçar “uma reforma muito forte”. Caetano teve ontem um encontro com empresários na sede da Federação das Industrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo. Uma das possíveis mudanças discutidas por membros do Congresso no texto proposto pelo governo Temer, é a redução da proposta da idade mínima da aposentadoria. O governo quer que homens e mulheres trabalhem até os 65 anos para receber o benefício. “Temos interesse em manter o máximo possível o que está na proposta original. Se começarem a mudar muito, pode arrefecer bastante os ganhos e forçar uma reforma muito forte lá na frente”, afirmou o secretário. Segundo Caetano, mudanças mais drásticas na proposta original do governo vão gerar “muita dificuldade de pagar os benefícios” e farão com que os impactos fiscais sejam menores. Ele disse ainda esperar que o texto da reforma seja aprovado ainda no primeiro semestre deste ano, e reforçou que o governo respeitará a decisão do Congresso.O secretário não quis comentar a possibilidade de incluir os militares na reforma. Por enquanto, não há previsão de incluir a categoria nas mudanças que atingem quase todos os trabalhadores públicos e privados. Sobre a possibilidade de considerar a jornada dupla das mulheres nas regras de idade da aposentadoria, Caetano disse que o governo segue uma tendência mundial de igualar as regras entre os sexos na Previdência.

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