O governo Lula (foto/reprodução internet) enfrenta uma semana, se não decisiva, muito importante no seu relacionamento com o Congresso e no encaminhamento das propostas daquilo que Lula prometeu nos palanques de campanha. Depois de uma robusta vitória na votação do projeto do arcabouço fiscal e uma preocupante derrota no encaminhamento da MP que reestrutura o governo, com o esvaziamento, pelos deputados, das funções dos ministérios ligados a área ambiental, corre contra o tempo para evitar a que praticamente vinte Medidas Provisórias percam a validade pela demora do Congresso em discuti-las e aprová-las. Isto sem falar nas Comissões Parlamentares de Inquérito que prometem para esta semana muita movimentação política com depoimentos e quebras de sigilo de gente importante deste e do governo passado. E pensar que todo este anunciado alvoroço político, de consequências imprevisíveis, é o resultado de uma deliberada omissão de Lula no trato das questões internas, preocupado que está em se tornar um cidadão do mundo, com presença marcante nos grandes debates mundiais. A dubiedade de seus posicionamentos frente a questões políticas- como a guerra Ucrânia/Rússia- e econômicas mundiais, e o esvaziamento de seu discurso ambientalista por omissão interna, esvaziaram a suposta liderança mundial de Lula que, agora, parece quer se dedicar mais à tarefa para a qual foi eleito pela terceira vez: governar o país. Ao seu estilo, com churrascadas, distribuição de cargos e verbas e medidas supostamente social, que retomar o comando político interno, uma missão difícil que exigirá mão firme em cima de seus radicais e dos radicais de oposição que teimam numa disputa mesquinha que divide o país e prejudica o povo. Vamos ver como será esta semana.