Esta será uma semana decisiva para a negociação da dívida dos estados com a União. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, devem mais de meio trilhão de reais à União e respondem por 85% do montante da dívida de todos nos estados. Alguns estados, Minas inclusive, conseguiram na Justiça a suspensão do pagamento, alegando simplesmente não ter condições de quitar o débito com a União. Cumprir as normas dos contratos levaria os estados a falência. O impasse parece que caminha para uma solução. O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (foto/reprodução internet), tomou para si a responsabilidade de intermediar um acordo e deve, ainda nesta semana, levar uma proposta para análise do Governo Federal, em reunião com Lula e Fernando Haddad. Ele vai ainda conversar com os governadores dos estados endividados para viabilizar apoio à sua proposta que prevê a federalização de alguns ativos estaduais como parte do pagamento.
Minas poderá passar o controle da Cemig, Copasa e Codemig para abater na dívida de R$ 160 bilhões que tem com a União. A iniciativa de Pacheco de assumir a responsabilidade pelas negociações foi bem aceita no Governo Federal. O protagonismo de Pacheco nestas negociações é bem vista pelo governo. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse em Araxá, onde participou do Conexão Empresarial no final de semana, que a busca de um entendimento cabe mesmo à “Casa da Federação, até porque a tramitação do acordo começa e termina no Senado”.
