O circo está armado para uma semana política tumultuada. Na quinta-feira – pelo menos está agendado- o TSE começa o julgamento de ação proposta contra o presidente Bolsonaro (foto/reprodução internet) por atos de abuso de poder político. Os abusos teriam sido cometidos pelo então presidente ao reunir embaixadores estrangeiros para fazer acusações contra o sistema eleitoral brasileiro e desacreditar as urnas eletrônicas. Se condenado, Bolsonaro pode ficar inelegível por oito anos. Desde julgamento o que se espera é muita demora, muitos pedidos de vista. Resultado mesmo, só no segundo semestre. Mesmo assim o seu início certamente elevará a temperatura política que estará em alto grau pelas denúncias envolvendo Mauro Cid, ex ajudante de ordem de Bolsonaro, e vários militares, na articulação de um plano para anular as eleições presidenciais e decretar estado de sítio para manter o presidente no cargo. O plano foi descoberto pela PF, mas vai esquentar a semana na CPMI do 8 de janeiro, colocando em confronto bolsonaristas e lulistas. Bolsonaro vive ainda a expectativa de uma nova convocação para depor. Ele tem muito o que explicar sobre as articulações do senador Marcos do Val, um golpista militante. Fora do ambiente de denúncias e apurações, o Congresso tem temas polêmicos a analisar. A começar pela indicação de Cristiano Zanin, advogado de Lula, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal. A sabatina de Zanin está marcada para quarta-feira no Senado. Na Câmara, deverá ser votado Projeto de Lei que retoma o voto de qualidade em caso de empate nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) um assunto polêmico que movimenta lideranças legislativas e governo.
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Walmir Mendes de Faria
19 de junho de 2023