O deputado Paulinho da Força (foto), Solidariedade-SP, vira réu no Supremo Tribunal Federal, por desvio de recursos do BNDES. O Ministério Público Federal pediu a condenação do parlamentar por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A decisão de abrir uma ação penal contra Paulinho da Força foi tomada pelos ministros Teori Zavascki, Gilmar Mendes e José Dias Toffoli, que compõem a Segunda Turma do STF e, com isso, ele passa a responder como réu. A Polícia Federal descobriu por meio de escutas telefônicas, a existência de um esquema de desvio de 3% a 4% de valores emprestados pelo BNDES a prefeituras e empresas. A irregularidade aconteceu em empréstimos concedidos pelo BNDES nos valores de 130 milhões de reais e 220 milhões de reais. O envolvimento do deputado foi descoberto por meio de escutas de João Pedro de Moura, ex-assessor de Paulinho, que ocupou uma cadeira no Conselho de Administração do banco de fomento. Ele teria mencionado pagamentos a uma pessoa identificada apenas como PA. As investigações da PF concluíram posteriormente que se tratava de Paulinho. O Ministério Público pede a condenação do deputado alegando que ele usou de sua influência política para se beneficiar de recursos desviados do BNDES. Paulinho é presidente nacional do partido Solidariedade e presidente licenciado da Força Sindical.