Comovente a reação contra a decisão judicial que determinou a prisão preventiva do jornalista Márcio Fagundes (foto). Preso nas masmorras do fétido CERESP, em cela comum, Fagundes impressionou, pelo seu sofrimento e revolta, a Comissão de Deputados que o visitou ontem. Márcio foi preso, nessa semana, sem direito a defesa, por ter assinado, em 2015, por ordem do então presidente da Câmara dos Vereadores, contrato com uma agência de publicidade. Fagundes foi condenado, sem julgamento, como “membro de organização criminosa”, enquanto, todos que o conhecem sabem que se trata de um homem de 60 anos, de hábitos simples, sem nenhum patrimônio ou luxo. A ele nossa solidariedade e o testemunho de que se trata de homem de bem, que estava, inclusive, escrevendo, gratuitamente, a biografia de Hélio Garcia. A Constituição assegura a presunção de inocência, nesse caso, lamentavelmente, adotou-se a presunção de culpa.