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Supremo quer Dilma explicando porque o impeachment é golpe

Paulo César de Oliveira
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A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ontem que a presidente afastada Dilma Rousseff (foto) seja notificada sobre interpelação judicial proposta por deputados que questionam o fato de ela classificar o processo de impeachment de “golpe de Estado”. No despacho, a ministra concedeu prazo de dez dias para que Dilma se manifeste a respeito. Na ação, assinada pelos deputados Júlio Lopes (PP-RJ), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Pauderney Avelino (DEM-AM), Rubens Bueno (PPS-PR), Antônio Imbassahy (PSDB-BA), Paulo Pereira da Silva (SD-SP), os deputados argumentam que a acusação de Dilma é algo de “gravidade ímpar, sobretudo, ao se levar em consideração a recente história nacional e as possibilidades de ruptura que declarações desse tipo podem trazer à sociedade brasileira”. Na interpelação, os deputados apresentam uma série de discursos proferidos por Dilma em que ela classifica o processo de impeachment contra ela de “golpe”. “Ao comportar-se da maneira como vem fazendo, a senhora presidente da República deixa toda a nação em dúvida, recomendando, portanto, a presente interpelação, a fim de que possa explicar qual a natureza, os motivos e os agentes desse suposto ‘golpe’”, dizem os deputados na ação. Eles pedem ainda que Dilma explique, entre outros pontos, quais atos compõem o golpe denunciado por ela, quem são os responsáveis, quais instituições atentam contra seu mandato e quais as medidas que ela pretende tomar, na condição de Chefe de Governo e Chefe de Estado, para resguardar a República.

 

Dilma vai à Corte Internacional de Direitos Humanos para se defender

Convidada pelo presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, o sergipano Roberto de Figueiredo Caldas, a presidente afastada Dilma Rousseff vai pessoalmente à sede do organismo internacional, em São José, capital da Costa Rica, para se defender e denunciar o seu processo de impeachment, o que ela chama de “golpe” do Congresso. Caldas foi indicado por Dilma para integrar o tribunal. A data da viagem da presidente afastada ainda não foi definida.

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