Já repararam como o ministro Gilmar Mendes (foto) está todos os dias nos jornais, sempre com declarações contundentes? Ele tenta, assim, ocupar um vácuo de poder, em função das omissões do Legislativo e da lerdeza do Judiciário. Enquanto no Legislativo todos estão, literalmente, acuados com a prisão de Cunha e a delação da Odebrecht, no Judiciário, Sérgio Moro, em função de seu dinamismo e de sua competência, comprova que é possível dar celeridade aos processos respeitando-se os limites de sua atuação. Aliás, o Juiz (com letra maiúscula) de Brasília, para contrastar com o epíteto de “juizeco” a ele atribuído pelo atabalhoado Renan, quis seguir o mesmo caminho e, por isso, está sendo bombardeado. Nesse ambiente, o presidente do TSE e integrante da 2º Turma fala curto, grosso e alto, razão pela qual acaba atraindo para si todos os apavorados. E, acreditem, eles existem aos montes, no Congresso e nas cercanias do poder constituído, do poder oculto e do poder paralelo.