A ministra do Planejamento, Simone Tebet (foto/reprodução internet) acompanha o enredo fiscal do governo quase como espectadora. Foi avisada apenas 48 horas antes do decreto que elevaria o IOF e depois retirado sob desgaste político, mas não pôde se sentar‑se à mesa onde Fernando Haddad, Gleisi Hoffmann, Hugo Motta e Davi Alcolumbre costuraram o plano B de arrecadação. Fora do “ninho petista”, a senadora licenciada comparece ao Planalto só quando convocada para a Junta de Execução Orçamentária. Nos demais dias dedica‑se a uma agenda própria, como o corredor de integração sul‑americano que seu ministério desenha. Enquanto isso, três secretários já debandaram, e interlocutores admitem que Tebet prefere evitar choques públicos com o colega da Fazenda, mesmo quando o roteiro escolhido contraria sua pregação de cortar gastos. Na prática, o trunfo liberal de Lula na campanha virou figurante de luxo na condução da economia.