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Temer diz que a hora é de coragem para fazer o necessário

Paulo César de Oliveira
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O presidente Michel Temer (foto) afirmou nessa sexta-feira que o momento atual exige coragem para não ceder a soluções fáceis em busca de popularidade e que não há espaço na economia para “feitiçarias”, como imprimir dinheiro, maquiar as contas públicas ou controlar preços. Em um evento de final de ano com oficiais-generais das Forças Armadas, Temer aproveitou seu discurso para defender novamente as reformas que o governo propõe, como o teto para os gastos da União e as mudanças na Previdência, e também comentou, de forma indireta, os resultados da pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira. O levantamento mostra que apenas 13% avalia o governo dele como ótimo ou bom, uma variação negativa de um ponto em relação ao levantamento anterior, em junho. Mas o número de pessoas que avalia o governo como ruim ou péssimo subiu de 39 por cento para 46 por cento. “O caminho certo que estamos trilhando nem sempre é o mais popular. Nossa responsabilidade não é buscar aplausos imediatos, nossa missão não é buscar aprovação a qualquer preço, mas desatar os nós que têm comprometido o crescimento econômico”, disse Temer, acrescentando que poderia ficar comodamente instalado nas mordomias da Presidência da República e não propor mudanças difíceis.”Mas os tempos exigem coragem para não ceder a soluções fáceis, para mudar a fisionomia de um país”, acrescentou.

 

Críticas ao governo petista

Temer aproveitou para fazer críticas ao governo anterior, ao afirmar que é preciso por ordem nas contas públicas. “Não há mais espaço para feitiçarias: imprimir dinheiro, maquiar contas, controlar preços. Estamos tratando de resolver nossos problemas de frente. Se não o fizermos agora o Estado quebra. Se não promovermos as reformas, que são inadiáveis, ficaremos presos no atoleiro da irresponsabilidade fiscal”, disse.No evento que concentrou a nata das três Forças Armadas –cerimônia de cumprimento de Natal aos oficiais-generais-, Temer deixou claro que considera correta a decisão do governo de não incluir os militares na proposta de reforma da Previdência entregue ao Congresso na semana passada.O presidente justificou sua decisão alegando que, mesmo a Constituição dizendo que todos são iguais perante a lei, há fatos que justificam a diferenciação e que o regime de trabalho dos militares seria um desses fatos. “Com muito acerto mandamos a reforma previdenciária excluindo os militares”, disse. Para o presidente, só se mantém a democracia se há defesa adequada e só se faz defesa adequada com as Forças Armadas.

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