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Temer se diz indignado com acusações de Machado

Paulo César de Oliveira
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O presidente interino Michel Temer (foto) classificou ontem de “manifestação irresponsável”, “leviana”, “criminosa” e “mentirosa” a declaração do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, de que tenha pedido recursos ilícitos para a campanha do então candidato à prefeitura de São Paulo, em 2012, Gabriel Chalita. Temer disse, ainda, que não vai permitir que “um fato leviano” como esse embarace a atividade governamental. “Surge um fato leviano como esse que pode embaraçar a atividade governamental. Mas quero registrar, nada embaraçará nossa missão, nossa tarefa de fazer com que nesse período que estou à frente da Presidência da República, com uma equipe econômica extraordinária, nada impedirá que nós continuemos a trabalhar em prol do Brasil e do povo brasileiro”, disse em pronunciamento, no Palácio do Planalto. “Quero me dirigir à minha família, aos muitos amigos e conhecidos que tenho no Brasil, ao povo brasileiro, para dizer que não deixarei passar em branco essas afirmações levianas”, ressaltou. Temer disse, ainda, que sempre que surgirem fatos dessa natureza virá a público para esclarecê-los. Não disse, no entanto, se tomará alguma outra medida contra Machado.

 

Machado responde

Após a reação do presidente interino, o delator Sérgio Machado, divulgou uma nota em resposta ao pronunciamento de Michel Temer, reafirmando suas denúncias e garantindo que, como presidente da Transpetro, encaminhou a solicitação de doação oficial à construtora Queiroz Galvão, que era fornecedora da Transpetro. Os recursos solicitados, de R$ 1,5 milhão para a campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo foram dados pela construtora. A nota revela ainda que em setembro de 2012 Machado se reuniu com o então vice-presidente para tratar do assunto que havia sido encaminhado pelo presidente em exercício do PMDB, Waldir Raupp. Naquele mesmo mês, estive na Base Aérea de Brasília com Michel Temer, que embarcava para São Paulo. Nos reunimos numa sala reservada; na conversa, o vice-presidente Michel Temer solicitou doação para a campanha eleitoral de Chalita. O vice-presidente e todos os políticos citados sabiam que a solicitação seria repassada a um fornecedor da Transpetro, através de minha influência direta. Não fosse isso, ele teria procurado diretamente a empresa doadora”. Sérgio Machado diz que “é fato” que nunca esteve com Gabriel Chalita.

 

Empresário sentiu firmeza em Temer

Para o empresário Sérgio Frade, presidente da Solutions Gestão de Seguros, que participa em Tiradentes do Conexão Empresarial, a pronta reação do presidente Michel Temer às acusações de Sérgio Machado, de que teria pedido contribuição ilícita para campanha eleitoral em São Paulo, foi uma boa sinalização política para o país. Frade, que também preside a Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas de Minas Gerais (ADCE/MG) disse que o presidente interino foi convincente em sua fala e reagiu no momento certo, não deixando o assunto “render muito”.

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