Acusada de tentar tumultuar o segundo turno, a campanha de Bolsonaro se vê em uma situação delicada. O próximo pregão já ocorrerá fora do processo eleitoral, porém com o clima de alta tensão, que eleva a margem o risco de um “terceiro turno”, com a possibilidade de um questionamento da validade das eleições, em linha com o que aconteceu nos Estados Unidos. O estresse tem pressionado os ativos de risco, que devolveram todos os ganhos da semana anterior. Para muitos, o favoritismo na disputa pende, ligeiramente, para o Lula, mas os próximos quatro anos serão muito difíceis e o país estará longe de ser pacificado com quem quer que seja eleito.
Um tema para reflexão
A eleição presidencial de 2022 foi muito diferente daquelas em que não havia ausência de pluralidade de candidatos competitivos. O voto útil, antecipado no primeiro turno, pode mudar de mãos. Lembrem-se do fato de que o ex-presidente Lula tentou obter o que não havia conseguido nem em sua reeleição em 2006: eleger-se em primeiro turno. Por outro lado, os erros nas pesquisas eleitorais mostraram-se estarrecedores. O voto deve ser conduzido pela consciência e não fatores externos que a tentem manipular. Com base em amostragens que muitas vezes não representam o todo, as estatísticas nos trazem probabilidades, não certezas. Não trazem fatos, mas tendências. Por serem imperfeitas não deveriam moldar o comportamento. (foto/reprodução internet)