Nos bastidores do poder, Davi Alcolumbre (foto: Carlos Moura/Agência Senado) resolveu abrir o cofre das mágoas. A um ministro do governo Lula, disse que jamais fez objeção à eventual chegada de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal. O problema, segundo ele, teria sido outro e foi tratado no passado com luvas de aço. Ele teria dado como quitada, mas não esquecida, a fatura política da indicação de Flávio Dino para a Suprema Corte. À época, a aprovação no Senado patinava, e ele presidia a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Escolheu a dedo o relator: o senador Weverton Rocha. Jogada ensaiada, vitória garantida, comemoração ruidosa. O problema veio depois. Já sentado na cadeira do Supremo, o agora ministro Dino decidiu apertar o cerco sobre as emendas parlamentares. O efeito colateral atingiu em cheio o Congresso. Para Alcolumbre, a receita amarga tem endereço certo e continua pendurada na sua conta política. Moral da história: ajudou a empurrar a porta, agora reclama do vento que entrou.













