Uma nota divulgada pela mesa da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Agostinho Patrus (foto), é uma pequena mostra de como está o relacionamento entre Executivo e Legislativo em Minas Gerais. A nota fala sobre a responsabilidade ao tratar a crise: “O atraso de repasses, por parte do Executivo estadual, tem comprometido seriamente as prefeituras municipais do Estado, afetando a realidade de milhares de cidadãos. Diante desse quadro, a ALMG vem a público manifestar sua solidariedade às prefeituras neste momento de crise”. A nota destaca que a adoção de medidas para o acerto entre o Estado e a União, que depende da aprovação dos deputados, não pode ser tomada, sem prévio e amplo debate que envolva o Parlamento mineiro e todos os setores da sociedade civil organizada. Ou seja, os deputados mostram suas garras e não pretendem facilitar a vida do governador Romeu Zema.
Mudanças na reforma administrativa
Atendendo aos pedidos dos deputados, o governador Romeu Zema enviou ontem uma mensagem com mudanças na reforma administrativa. O novo texto altera alguns pontos e acrescenta as sugestões de blocos parlamentares, de lideranças dos servidores públicos e de representantes da sociedade civil. Essas mudanças já foram acatadas, em sua maioria, pelo relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Guilherme da Cunha (Novo), no substitutivo nº 1 que apresentou e que ainda não foi votado na comissão, por falta de acordo. Entre as alterações, o governador propõe criar o cargo de secretário-geral Adjunto da Secretaria-Geral e de Consultor-Geral na Consultoria Técnico-Legislativa, com vencimento e verba de representação igual à de secretário de Estado.
