Com a frase “SUPREMA PERSEGUIÇÃO. QUEREM MATAR BOLSONARO”, o bolsonarismo manda seus sinais. Essa é uma ironia em relação ao Supremo Tribunal Federal e as legendas escritas em letras maiúsculas – que na linguagem escrita significam gritos – o senador Flávio Bolsonaro (foto/reprodução internet) postou vídeo associando o pai, Jair Bolsonaro, à figura de mártir. Ao fundo, a trilha sonora é um hino gospel com a promessa de que a luta está apenas começando.
O vídeo seria somente mais uma postagem na mídia social se, em quase três minutos, não trouxesse tantas revelações: com tomadas amplas, quase cinematográficas, demandou tempo de produção, sendo uma peça calculada por quem dava como certa a condenação do ex-presidente. A intencionalidade é manter o tema em evidência e não deixar que a sentença do STF coloque o ex-presidente na situação de condenado pela Justiça. Na ilustração, a semelhança física entre Flávio e Jair é tão grande que, pode-se levar à confusão sobre quem é quem. Mais uma vez há intencionalidade: a herança bolsonarista caberá ao filho Flávio Bolsonaro, mais discreto que o irmão Eduardo e, até o momento, com imagem descolada das tarifas impostas por Donald Trump aos produtos brasileiros.
