Reportagem da BBC News Brasil mostrou que o novo presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier da Silva, foi rejeitado na avaliação psicológica de um dos concursos que prestou para a Polícia Federal. Seus examinadores consideraram que a personalidade de Marcelo não era adequada ao cargo – policiais não podem ser pessoas excessivamente agressivas ou impulsivas, segundo um profissional que organiza estas avaliações. Agora, mais informações sobre o passado do presidente da Funai, escolhido por Jair Bolsonaro, surgiram. Em janeiro deste ano, o atual presidente da Funai teria dado um soco no rosto do próprio pai, de 71 anos. O pai registrou em boletim de ocorrência. O fato está sendo investigado pela Polícia Civil de Mato Grosso. O pai do presidente da Funai registrou a suposta agressão na delegacia Novo São Joaquim (MT), e disse à BBC News Brasil que quer que seu filho seja investigado pelo que ele relata ter ocorrido. Marcelo Augusto Xavier da Silva (foto), 42 anos, é delegado da Polícia Federal. Ele entrou para a PF em 2008, depois de prestar dois concursos públicos. No primeiro, foi rejeitado na avaliação psicológica – mas passou no segundo. Quando era delegado, teve sua atuação contestada em duas investigações internas da corporação, e também foi afastado de uma operação de expulsão de invasores de uma terra indígena, por suspeitas de estar colaborando com os intrusos. Ele tomou posse como presidente da Funai no fim de julho.