A semana começa com ameaças de greves. Os servidores da segurança marcaram para hoje reuniões onde serão discutidas estratégias para pressionar o governo a pagar logo o décimo terceiro salário do ano passado, e a retomar os pagamentos de salários no quinto dia útil do mês. Ou seja, na semana que vem. Falam em greve, uma ameaça que ganha ares de chantagem, já que feita com olhos para o Carnaval. Direito de reivindicar todos têm, de pressionar, infringindo a lei, não. O movimento dos chamados servidores da segurança, historicamente apresenta esta característica de desrespeito às leis. Foi agindo com virulência que surgiram algumas das lideranças do setor que hoje tentam emparedar o governador, inclusive fechando vias. Sabem que não serão reprimidos, como fariam com outros segmentos da sociedade que agissem desta maneira. Se decidirem mesmo pela paralisação, os servidores da segurança, em especial da Polícia Militar, abandonarão mesmo alguns de seus postos de trabalho, como na segurança do governador e de bens públicos como os palácios ou mesmo os quartéis? Ou vão apenas deixar sem segurança o cidadão pagador de impostos? E se conseguirem do governador o que desejam, e que lhes é de direito, o décimo terceiro e os salários em dia, vão reprimir as demais categorias do funcionalismo que ameaçam greve, caso haja privilégios nos pagamentos? É com ameaças assim e muitos questionamentos sem respostas que se inicia a semana dos Pierrôs e das Colombinas. Uma não, na verdade duas semanas perdidas – a anterior e a pós Carnaval-, onde nada se decide, não importa qual o tamanho do problema a não ser, claro, os emergenciais. Aliás, Bolsonaro e Zema, vão passar esta semana pré carnaval enfrentando os blocos comandados por Belzebus. O presidente o bloco do Maduro. O governador o bloco dos agentes da segurança.