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Uma semana de muita movimentação

Paulo César de Oliveira
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Começa mais uma semana decisiva, como tantas outras que tivemos este ano. Na política, o Senado retoma as discussões do impeachment da presidente Dilma, com a leitura do relatório do senador Anastasia. Do relatório se espera que seja apenas mais do mesmo, porque depois de tantas testemunhas e tantos debates infrutíferos, nada de novo aconteceu que justifique uma mudança de posicionamento do relator. A defesa tentou criar fatos, mas ficou na tentativa. Até porque o julgamento da presidente Dilma já é apenas político. Os fundamentos do crime de responsabilidade, causa jurídica do impeachment, são irrelevantes diante das questões políticas em que a presidente vai se atolando a cada revelação de delatores, a cada investigação da Polícia Federal e do Ministério Público. Hoje, preocupa mais ao PT fazer a sua própria defesa, e de seu dono, Lula, do que tentar salvar o mandato da presidente. Dificilmente na próxima semana, quando o Senado votará o relatório, Dilma escapará de uma condenação. E aí a derrota no julgamento final, em setembro, fica mais consolidada. A semana marca também o início da Olimpíada onde o que se teme, não são as derrotas no campo esportivo, mas o vexame extra campo, fruto de nossa incapacidade de organizar um evento de tal porte. Este é outro campo em que a imagem brasileira no exterior, sairá, inevitavelmente desgastada. Já mostramos ao mundo nossa incontrolável corrupção. A Olimpíada está nos dando a oportunidade de escancarar nossa incapacidade de planejar e realizar a infraestrutura necessária, até mesmo para um evento esportivo. E ainda queremos que o mundo acredite que seremos capazes de planejar nosso futuro e, acreditando, voltem a investir no país. A semana é também de retorno das atividades parlamentares. De pautas lotadas, Congresso e Assembleias estaduais retornam de um recesso que, sabemos, vai se alongar, pois ninguém é de ferro para trabalhar durante a Olimpíada, com tantos esportes para acompanhar. E mais, ninguém é tão abnegado para ficar discutindo assuntos de interesse do país, abandonando os interesses pessoais, nas “chamadas bases”, onde as eleições municipais começam a ganhar, mesmo que timidamente, ritmo. No Legislativo e claro, no Executivo, trabalho mesmo só depois das eleições de outubro.

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