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Venda de veículos apresenta outra queda

Paulo César de Oliveira
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As vendas de veículos automotores, incluindo motocicletas e implementos rodoviários, além de automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões, nas revendedoras autorizadas de todo o país caíram 9,32% em abril sobre março e 21,34% na comparação com abril do ano passado. No primeiro quadrimestre deste ano, a comercialização recuou 22,52% em relação ao mesmo período de 2015. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Os automóveis tiveram uma procura 10,58% menor do que em março e recuos ainda mais significativos em relação a abril de 2015 (-26,33%) e, no acumulado do ano, -26,40%. Entre as maiores quedas em março último estão os caminhões (-13,07%). O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior (foto), atribui a retração ao desaquecimento da economia.

 

Perda de empregos e fechamento de empresas

Ele avalia que o setor enfrenta o pior cenário dos últimos dez anos e acredita que, caso o país venha a ter um novo governo, a recuperação só deve começar por volta de 2017. Ainda de acordo com o presidente da Fenabrave, antes da crise financeira de 2008, de cada 10 propostas de financiamento, 70% eram aprovados e hoje o processo se inverteu devido ao rigor maior na concessão do crédito, insegurança de emprego e redução da renda. Diante do fraco desempenho, ele disse que já deixaram de atuar no mercado 1.423 concessionárias desde janeiro e, no mesmo período, outras 382 empresas do gênero foram abertas. Em relação aos postos de trabalho, foram eliminadas 48.500 vagas.

 

As vendas ruins no setor de máquinas e equipamentos

O faturamento da indústria brasileira de máquinas e equipamentos em março somou R$ 6,245 bilhões, queda de 32,6% sobre mesmo mês do ano anterior, informou ontem a Abimaq, entidade que representa o setor. “As incertezas políticas combinadas com a política econômica recessiva, onde o custo do capital é incompatível com o retorno dos investimentos, têm inviabilizado qualquer decisão de investimento no país”, disse a Abimaq em relatório. Contra fevereiro, a receita líquida do setor teve avanço de 12,3%, diante do aumento das exportações. A demanda doméstica por esses produtos, o consumo aparente, ficou em R$ 8,55 bilhões, recuo de 36,2% na base de comparação anual e aumento de 5,7% sobre fevereiro. Já as exportações tiveram baixa de 9% sobre março de 2015, enquanto as importações retrocederam 32,2%. No primeiro trimestre, o consumo nacional de máquinas e equipamentos registrou queda de 30% na comparação com o mesmo período de 2015. Segundo a Abimaq, a desvalorização de 37% do real evitou um resultado ainda pior no nível de consumo. Sem esse efeito, o resultado seria de queda de 43% no trimestre.

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