Voto de Edson Fachin é uma pedra no caminho dos candidatos evangélicos

A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional, coordenada pelo deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), e integrada por 195 deputados, anda atenta à proposta do ministro Edison Fachin (foto), do Tribunal Superior Eleitoral, que restringe a possibilidade de apoio a candidatos ligados a Igrejas. O ministro Fachin foi relator de um recurso que discute a cassação do mandato da vereadora Valdirene Tavares dos Santos, acusada de praticar abuso de poder econômica durante a campanha de 2018, quando foi eleita. Em seu voto no julgamento por sessão remota, Fachin, que foi a favor da cassação da vereadora junto com o ministro Alexandre de Morais, propôs que, em nome da necessidade de separação e independência entre Estado e religião, a partir das eleições de 2020 seja possível incluir a investigação do abuso de poder de autoridade religiosa no âmbito das Ações de Investigação Judicial Eleitoral. O julgamento está suspenso por um pedido de vista do ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto.