O governador Romeu Zema (Novo), está empenhado em devolver ao cidadão os serviços de boa qualidade que um dia Minas teve, e tornar-se o governador que descomplicou a vida dos mineiros. Por enquanto, no entanto, devido a gravidade da situação financeira do estado, ele avisa que a capacidade de investimentos se esgotou. Em sua palestra para empresários, políticos e autoridades no Conexão Empresarial, evento promovido pela VB Comunicação, ontem, no Espaço Conexão, em Nova Lima, Romeu Zema defendeu a privatização, como uma das alternativas para colocar a casa em ordem. Para ele, é um absurdo presenciar milhares de fornecedores fechando as portas por falta de pagamentos, quando o Estado conta com uma série de ativos.
Menos Estado e mais cidadão
Zema, que é defensor do “menos estado e mais cidadão”, disse que aprendeu trabalhando nas empresas do pai que, quando não se tem dinheiro para pagar as contas, “tenho que vender para honrar meus compromissos”. Para ele, no governo, a regra também deveria valer. Com as cobranças de investimentos por parte dos empresários, o governador ponderou que “um Estado que não consegue comprar remédio, não pode construir hospitais. Quando não se consegue pagar o professor em dia, não pode construir escola. Se não consegue tapar buracos, não pode construir estradas”. Ou seja, não há previsão de investimentos até que a Casa esteja em ordem.
Diálogo com legislativo
Como parte desse processo de recuperação do Estado, o diálogo com os deputados, construído nesses 11 meses de governo, segundo Zema, melhorou muito, com a entrada do deputado federal Bilac Pinto na Secretaria de Governo. Com isso, ele acredita na aprovação do projeto que vai permitir a antecipação dos créditos do nióbio e acrescentou que seu “maior sonho é pagar o 13º salário do funcionalismo em dia, porque quando você não paga em dia, acaba afetando negativamente a vida das pessoas. Todo mundo tem compromisso”, e criticou o governo anterior que, para ele, foi muito irresponsável.
Apoio dos empresários
Mas essa operação de crédito, que segundo ele, conta com o interesse de mais de 30 instituições financeiras, “não basta para colocar a casa em ordem”. Por isso, pediu apoio dos empresários para sensibilizar os deputados federais e estaduais da necessidade de se fazer o ajuste fiscal. O Judiciário, segundo Zema, “é o passado; o Executivo é o presente e o Legislativo o futuro”. O futuro do Brasil e de Minas, no seu entendimento, “está nas mãos desses senhores e é preciso deixar claro para eles, que Minas está por um fio”. Dizendo-se um otimista, o governador considera contar com um ótimo secretariado, que tem ajudado nesse diálogo com os deputados e “os parlamentares sabem das dificuldades de Minas e estão dispostos a ajudar, inclusive com medidas além das apresentadas pelo governo”. O Conexão Empresarial teve o apoio da Aluclass, Anglo American, D’or Consultoria -seguros e benefícios, Pad Usiminas, Valspe. Midia Partner da Band, Itatiaia, JChebly e jornal O Tempo.