Os trabalhos realizados pelos usuários do Centro de Convivência César Campos (Centro-Sul) foram reunidos e transformados no livro “Alfabeto Doido”. O projeto foi o vencedor do edital do Ministério da Saúde intitulado “3ª Chamada para seleção de projetos de reabilitação psicossocial: trabalho, cultura e inclusão social na rede de atenção psicossocial”, cujo prêmio em dinheiro possibilitou a diagramação e a impressão do livro. A obra tem como objetivo refletir sobre a condição e o lugar social da loucura do portador de sofrimento mental. Foram impressos mil exemplares do livro, que já estão disponíveis na unidade (Rua Orenoco, 68, bairro Cruzeiro) sem nenhum custo. Segundo a gerente do centro de convivência, Silvia Rivieres, o livro nasceu da ideia de compilar os trabalhos que os usuários fizeram nas atividades de arte realizadas na unidade. São pinturas, ilustrações, bordados, tapeçarias e objetos que viraram letras do alfabeto. “O livro traz todas as letras, sendo que para cada uma delas os usuários descreveram cinco palavras que traduzem a trajetória deles. Os usuários criaram ainda duas palavras novas, que só existem dentro do alfabeto doido”, disse.