Enquanto Lula estava sobre o palanque em Minas, o candidato do PSDB, Aécio Neves (foto), reafirmou ontem, em Porto Alegre, convite à presidente Dilma Rousseff para um debate de ideias e propostas. Em discurso o “tucano” propôs o fim do “ringue” na disputa presidencial. “Na política, ganhar ou perder as eleições faz parte do jogo. O que não se pode perder na política é a dignidade e a compostura”, afirmou. “Não adianta querer ganhar perdendo. O que os nossos adversários estão fazendo nessa campanha não os dignifica. Eu acho que essa postura já os faz derrotados antes sequer das urnas serem abertas”, afirmou Aécio. “As pessoas querem ouvir as soluções para a saúde, para a segurança pública e para fazermos um Brasil crescer, gerando melhores empregos. Mas eu vejo um governo à beira do desespero, uma candidata à beira de um ataque de nervos e, obviamente não tendo como apresentar ao Brasil uma proposta de futuro, prefere fazer uma campanha com os olhos no retrovisor”, disse. O candidato anunciou que vai ingressar com uma nova ação contra Dilma na Justiça Eleitoral – que tenta, ainda sem sucesso, conter o baixo nível da campanha. Aécio participou de ato multipartidário em Porto Alegre ao lado de representantes do PMDB, do PP e do PSB. Ele disse não ser mais um candidato do PSDB, mas sim representante daqueles que querem um novo governo, e sinalizou que, se eleito, pode convidar nomes dessas legendas para a formação de um “núcleo de governo”. “A minha proposta para o Brasil é absolutamente convergente com aquilo que Marina Silva propôs: no que depender de mim, a base do núcleo do futuro governo está aqui representada, com PSB, PP, PSDB e esse lado tão bom que o PMDB tem representado pelo Rio Grande do Sul. O PMDB gaúcho não faz parte da aliança nacional com o PT e é oposição a presidente Dilma Rousseff: Ele começou as eleições apoiando Eduardo Campos e Marina Silva, candidatos pelo PSB, e no segundo turno se aliou a Aécio Neves.A disputa pelo governo gaúcho, no segundo turno é entre o petista Tarso Genro, que tenta a reeleição, e o peemedebista Ivo Sartori, que faz campanha abertamente para o “tucano”. O ato pró-Aécio foi no ginásio da Escola de Samba Império da Zona Norte. Um das mais tradicionais lideranças do PMDB, Pedro Simon também discursou: “Votar na presidente Dilma é uma interrogação cruel. Como ela vai governar se todos os nomes do seu partido estão envolvidos em corrupção?”, questionou. “O Aécio representa a última esperança de paz neste país”, disse.