O relatório final da CPI mista da Petrobras tem 903 páginas, mas não pede o indiciamento de nenhum empresário ou autoridade investigados no escândalo de corrupção. O texto se limita a recomendar que sejam “aprofundadas” as apurações contra dezenas de políticos e empreiteiros que já são alvos de apurações oficiais. Ou seja, o efeito jurídico do encaminhamento da CPI é nulo. “A CPMI corrobora e ratifica os procedimentos de indiciamentos e denúncias adotados na esfera judicial e, considerando a existência de indícios bastantes, recomenda o aprofundamento das investigações com vistas a apurar a efetiva responsabilização de todos os investigados na Operação Lava Jato sobre os quais já foram produzidas provas de algum grau de envolvimento nos fatos apurados”, afirma o relator da CPI mista, deputado Marco Maia (foto), PT-RS. O relatório está dividido em vários tópicos e, no referente à Operação “Lava Jato”, Marco Maia(foto) defende que se continue a investigar 53 pessoas, entre elas os ex-diretores da Petrobras Renato Duque, Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa.